Estrelas
Estrelas é um
espetáculo solo resultante do processo de pesquisa de treinamento da atriz
Marilyn Nunes com o grupo Odin Teatret,
na Dinamarca, onde o desenvolvimento da presença cênica e criação atoral fizeram-se
essenciais. Inspirado em “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, a obra ganhou versão própria pelo olhar da
diretora, Julia Varley (Odin Teatret), mas deixar de visitar os vários
personagens da trama, encarnados pela atriz. Estreando em 2013, na própria
Dinamarca, depois no Brasil, percorreu ainda países como o México e a Índia,
sempre em festivais de grande prestígio, sendo aclamado pela crítica e público,
ganhando muitos prêmios.
Para Gabriela Mellão, crítica publicada na Folha – Ilustrada:
“O
encantamento do espetáculo solo Estrelas
nasce da simplicidade (...) A magia é gerada sobretudo pelo trabalho de atuação
e manipulação de objetos, que se desdobram em funções e significados”.
“Cada minuto
que passa,
um milagre que não
se repete...”
Criado por:
Ficha Técnica:
Atriz:
Marilyn Nunes
Texto:
Entrevistas e novela de Clarice Lispector
Adaptação
do texto, cenário e figurino: e Julia Varley e Marilyn Nunes
Desenho de luz: Marco Adda
Operação de luz: Alexandre Rosa ou
Flávio Coelho
Pesquisa sonora: Marilyn Nunes
Montagem sonora: Jan Ferslev (Odin Teatret)
Fotografias: Tommy Bay;
Fernando Martinez
Duração
do espetáculo: 55 minutos
Classificação
etária: 12 anos
Sinopse
Detrás do som da
máquina de escrever surge uma escritora com um pandeiro. À beira da morte, ela trabalha em sua última
novela, compondo os personagens enquanto os apresenta ao público: Macabéa, uma
moça do subúrbio que conhece seu primeiro namorado Olímpico, Glória, a colega
de trabalho que rouba seu namorado e Madame Carlota, uma cartomante com quem se
consulta. Através de seus personagens a escritora traça uma retrospectiva de
sua vida: o primeiro amor, a primeira decepção, a busca por quem se é, a consciência
de uma vida miserável e sem sentido e a crença num futuro feliz e o confronto
final com o inevitável.
Por onde passamos:
Principais apresentações/ festivais:
Temporada no SESC Consolação (2 meses) e na Casa Laboratório para arte do teatro (5 semanas); FENTEPP (Festival Nacional de Teatro de
Presidente Prudente); Festival de Dança de Londrina. Festival Internacional de Teatro de Kolkata, Índia;
Festival Under de Sal Tree, Assam,
Índia. FRINGE, em Curitiba (Casa
Cultural SESI); Mostra artística da Jornada de Pesquisa em Artes; “Nattya Utsav” Internacional Theatre
Festival, Índia; Mostra de Dança e Teatro Só Solos, no Espaço Cênico O lugar, Circuito Girarte, em Presidente
Prudente. Brasil; Festival Ritwik de Teatro, Índia; Festival Under de Sal Tree, em
Assam, Índia; Mostra Walmor Chagas de teatro,
em São Jose dos Campos; Temporada no Teatro
de Arena, Mostra de Teatro de
Presidente Prudente, Encontro Ator
Criador, em Goiânia, Goiás; Festival Multicidades, no Rio de Janeiro; Festival de Matão, São Paulo; Festival de Dança de Londrina,
Paraná; Festival Extirpe, em Suzano,
São Paulo; Festival Encontros Possíveis,
em Cuiabá, Mato Grosso; Apresentação na Universidade
de Morelos, em Cuernavaca, México;
Prêmios:
·
2018
Prêmio de Participação especial.
Categoria: Internacional: Festival Internacional de Teatro de Behala Sarat
Sadam, em Calcutá, Índia, Behala Sarat Sadam
·
2017 Prêmio
de Participação especial. Categoria:
Internacional: Festival no, Festival RAng Yatra e Governo de Gobarganda
·
Prêmio de Circulação GiraArte 2017
·
2016 Prêmio
Cena Aberta: Ocupação do Teatro
Eugenio Kusnet, FUNARTE 2015
·
2016 Prêmio de Participação especial. Categoria:
Internacional: Festival Internacional de Teatro, Under the Sal Tree Festival e
Governo de Assam, Índia
·
2015
Prêmio: Intercâmbio Cultural nov/2015,
FUNARTE
·
2015 Prêmio Myriam Muniz 2015 - montagem teatral -
sudeste, FUNARTE
·
2014 Prêmio
Conexão Cultura Brasil Intercâmbio
novembro/2014, Ministério da Cultura
·
2014 Reconocimiento - Reconhecimento,
Governo do Estado de Morelos- México, através da Secretaria de Cultura 2013
Prêmio: Intercambio e Difusão Cultural
agosto/2012, Ministério da Cultura.
Críticas
“Estrelas, trabalho solo da atriz Marilyn
Nunes, nos leva a investigar a questão do ator-criador por outras perspectivas.
Neste caso, a herança de toda uma
tradição na busca de um repertório do ator, sintetizada principalmente nas
pesquisas de Eugenio Barba, aparece como elemento central. Fruto de uma
residência da atriz com Julia Varley, do Odin Teatret, o trabalho traz para
cena todo o vocabulário de procedimentos do grupo dinamarquês, como as
partituras corporais e vocais e a construção de imagens”
'Estrelas', produzido pelo Oposto Teatro
Laboratório, Brasil, ficará em nós como
um exemplo maravilhoso da quanto pode ser alcançado no teatro usando
relativamente poucos materiais e apoiando-se principalmente na imaginação
criativa e na habilidade performática. A peça tem uma
romancista escrevendo um romance sobre uma jovem pobre que sonha em se tornar
uma estrela e sobre as pessoas que entram em sua vida. No final, nenhum de seus
sonhos se materializa pois um carro a atropela. Essa narrativa aparentemente direta contém as várias
questões existenciais do romancista e de sua protagonista, Macabea,
relacionadas à sua busca pelo autoconhecimento. Na performance, Marilyn ensaia atuar todos os
personagens e ela faz isso, a imensa importância dos figurinos no processo de
construção de personagens é evidente. Ela muda de figurino no palco várias
vezes para se tornar os vários homens e mulheres da peça, modulando sua voz,
seu modo de andar e sua linguagem corporal”.
.
O artigo “Com Estrelas, dinamarqueses levam Clarice Lispector ao palco”, de
Gabriela Mellão (Folha Ilustrada e O Popular, em
19/03/2014):
A magia é gerada sobretudo pelo trabalho de
atuação e de manipulação de objetos, que se desdobram em funções e
significados. Um tambor, por exemplo, acaba parecido com uma máquina de
escrever.
A atriz Marilyn Nunes surge no palco com o
instrumento no colo, dando vida a uma artista que cria e conta sua história ao
mesmo tempo. Ela manipula o instrumento de um modo em que consegue criar sons
que costumam ser produzidos por escritores em seu ato criativo, e não por
músicos. Dois cubos alinhados em diferentes posições podem construir um quarto,
uma vitrine, uma escrivaninha e uma tumba. Um pano vermelho vira cobertor,
saia, anel e guarda-chuva.
Todos os objetos
de cenário e figurinos são muito simples e servem para criar imagens em cena.
Trata-se de “um espetáculo baseado na
capacidade de uma atriz fazer o espectador enxergar alguma coisa que não está
ali”, explica Varley, atriz e diretora inglesa que ingressou em 1976 na
companhia dinamarquesa fundada pelo italiano Eugenio Barba. “A montagem final é
elaborada na cabeça do espectador. Aprendi isto nos 40 anos de trabalho no Odin
Teatret”, completa a atriz. Nunes encontrou em A Hora da
Estrela um eco de sua
própria história. E, da mesma maneira que a escritora se projetava em suas
criações, a atriz
fez de Estrelas uma
obra que mistura material ficcional e real de sua trajetória. “Passei tanta
dificuldade quanto Macabéa”, confessa, referindo-se à personagem principal do
livro de Clarice Lispector. “A peça revela a abordagem filosófica que
Clarice Lispector dá a sua história. Fala sobre vida, amor, esperança,
decepção, dor e felicidade, ciente de que ela mesma estava prestes a terminar a
sua jornada”, resume Nunes”.
As Companhias e artistas:
A
Cia Odin Teatret, da Dinamarca, com seu diretor Eugenio Barba, é uma referência
internacional sobre o trabalho de treinamento e dramaturgia do ator e da atriz.
Discípulo de Grotowski, ele trabalha há 50 anos com seus atores. Marilyn Nunes
é uma atriz brasileira que recebeu o legado contínuo desse conhecimento,
iniciado em 2009.
A Companhia Oposto
Teatro laboratório e a Nordisk
Teaterlaboratorium trabalharam em parceria neste espetáculo.
O Oposto
Teatro Laboratório é um
coletivo que surgiu de um projeto individual de pesquisa no ano de 2007, quando
a atriz Marilyn Nunes iniciou seu processo de treinamento e desenvolvimento de
dramaturgia cênica, no qual buscava o reconhecimento de sua identidade
artística. Foi na Dinamarca, em parceria com o Nordisk Teaterlaboratorium,
grupo com o qual a atriz estabeleceu contato desde 2008, e com o qual ainda
colabora, que este projeto tomou forma e materializou-se no espetáculo
Estrelas, dirigido por Julia Varley durante o ano de 2012 e início de 2013. A
companhia tem em seu repertório os espetáculos:
· Estrelas (estreia em 2013, com direção de Julia
Varley);
· Demonstração de trabalho ‘O oposto” (estreia em
2015, com direção de Julia Varley);
· O pesadelo da borboleta (estreia em 2017, com
direção de Julia Varley);
· Cassandra (trabalho em processo de criação, em
parceria com o músico Alexandre Rosa).
O Odin
Teatret foi fundado em 1964 em Oslo, na Noruega. Em 1966 transferiu-se para
Holstebro, na Dinamarca, e se transformou em Nordisk Teaterlaboratorium. Hoje,
as principais atividades do Laboratório incluem: produção de espetáculos e
turnês; "trocas", hospitalidade para cias de teatro e dança; Odin
Week Festival anual; publicação de revistas e livros; produção de filmes e
vídeos didáticos; pesquisas no campo da Antropologia Teatral - ISTA;
Universidade do Teatro Eurasiano; produção do Theatrum Mundi; colaboração com o
CTLS (Centre for Theatre Laboratory Studies); Festuge de Holstebro; Festival
trienal Transit; OTA (Odin Teatret Archives); artistas em residência; e
atividades para a comunidade de Holstebro.
Sobre a
atriz Marilyn Nunes
Marilyn Nunes é atriz,
professora e pesquisadora de teatro. Fundadora do grupo Oposto Teatro Laboratório e colaboradora do Nordisk
Teaterlaboratorium, desenvolve desde 2009 um trabalho de investigação no campo
da atuação. Atualmente cursa o doutorado em Artes pelo Instituto de Artes da
UNESP. Como professora de teatro, vem lecionando em centros, escolas e
institutos culturais. Detentora de prêmios como Myriam Muniz (2015) e Reconhecimento
do governo de Morelos, México (2014), já se apresentou em diversos
festivais do Brasil e em outros países, como: México, Dinamarca, Colômbia e
Índia. Atualmente, é atriz-criadora dos espetáculos Estrelas, O Pesadelo da
Borboleta, e da demonstração de trabalho O oposto, dirigidos por Julia Varley (Odin Teatret). Também é
tradutora do livro Uma atriz e suas
personagens: histórias submersas do Odin Teatret, da autora Julia Varley,
publicado em São Paulo pela editora É realizações.
Necessidades técnicas
Rider Som/Luz [anexo separado]
Palco
Dimensões – 5 (boca) x 06 (fundo)
O piso deve ser de madeira ou forrado com linóleo.
Carga(cenário e figurinos)
1 mala
com figurinos, 2 caixas desmontadas e 1 mancebo desmontado (40kg)
1 mala
com equipamento de som, rádio e objetos de cena. (20kg).
Rider do camarim
01 camarim com banheiro e espelho.
01 arara com 02 cabides.
01 extensões p/ ferro de passar
roupa.
01 régua de tomadas.
01 tábua de passar roupa.
Técnicos
para Apoio
(responsabilidade do Teatro)
02 ajudantes – luz [para montagem/desmontagem];
Não é necessário técnico de som.
Matérias
sobre o espetáculo- Clipping
resumido:
Contato
Oposto Teatro Laboratório
Marilyn Nunes
Telefone (WhatsApp): (11)970454982
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