sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Under the Sal tree Festival- India

O convite para o festival Under de Sal Tree

Em outubro deste ano (2016) eu fui convidada para participar de um festival chamado Under de Sal Tree, que acontece em Rampur, no distrito de Goalpara, no estado de Assam, Índia. Depois de enviar o projeto do espetáculo solo Estrelas, que contém as necessidades técnicas (onde está descrito que necessito de black out, refletores, espaço pequeno), recebi um aceite do organizador, o diretor Sukracharjya Rahba. Pouco depois estava tudo acertado para eu estar na programação deste festival. Duas semanas antes da data do festival, recebo as fotos do espaço:  o palco foi construído com palha e outros materiais naturais dentro de uma floresta cheia de árvores chamadas Sal. Também me foi passado o horário da apresentação: as 10 horas da manhã. Foi um susto. Nunca antes havia apresentado este espetáculo em espaço aberto, muito menos durante o dia. É possível mudar o espetáculo e apresentar uma demonstração de trabalho em seu lugar? Pergunta a diretora. Eu havia me comprometido a realizar aquele espetáculo, e, de alguma forma também sabia que seria uma experiência única poder apresentar ali. Fui trabalhando dentro de mim esta nova condição de apresentação. Já tinha feito o Estrela em espaços alternativos, com poucos refletores, e, depois, uma comunidade pobre de São Paulo onde apresentei durante o dia, sem refletores, mas num espaço fechado. Estas apresentações me prepararam para o que estaria por vir.
O tema do festival deste ano foi “Teatro na/da natureza”, e contou, nesta sua 7ª edição, pela primeira vez, com espetáculos internacionais. Assim como o meu, muitos dos outros espetáculos não foram pensados para serem apresentados naquele local, mas também se colocaram em diálogo com aquele novo ambiente. O conceito do festival, que segundo o programa oficial, partiu da problematização do desenvolvimento do homem e sua relação com a natureza. O festival convida, para a sua localidade (uma área rural), pessoas de diversas partes da Índia e do mundo, para ver e apresentar espetáculos dentro da natureza, de forma que esta integre os espetáculos e circundem todos os presentes, buscando romper, desta maneira, uma tendência contemporânea de entender-se a evolução do homem em seu natural distanciamento da natureza. De fato, o festival tornou-se importante em todo o país por este seu caráter revolucionário que traz as pessoas de volta para a natureza, envolvendo críticos, jornalistas, artistas e amantes de arte de toda a Índia.  Também, eu, do Brasil, fui convidada para estar lá. Eu também sofri uma revolução de volta à minha origem, aquela mais profunda, humana, através dessa experiência.

Chegando no Festival, em Rampur

                                                 Foto de uma parede do aeroporto de Delhi

O meu primeiro voo, com destino a Índia, foi em Nova Delhi, e dali fiz uma conexão para Guwahati, norte da Índia. No aeroporto me esperava um nativo com meu nome escrito numa folha de sulfite. Ele não falava inglês, nem eu a língua dele. Ele me levou para o estacionamento e antes que eu chegasse até o carro vi um grupo de umas 40 pessoas entre meninos e meninas, com idades dentre 13 e 18 anos, vestidos com trajes tradicionais. Eu saia do aeroporto enquanto eles entravam. Eles sorriam para mim e me olhavam com olhos muito arregalados como se nunca tivessem visto a minha “espécie”. Eu certamente também olhei-os com os mesmos olhos e com sorri com o mesmo sorriso. Era lindo ver aquele grupo com roupas que eu nunca havia visto antes, com cores e desenhos tão distintos. Eu caminhava rápido mas abria os olhos cada vez mais, como para guardar aquela imagem na memória. Sorria deslumbrada. Dentro de mim eu soube: nós vivíamos a mesma coisa, o encontro com o novo, com o estrangeiro.  Também sei que sou afortunada por ser uma estrangeira tão bem recebida (um indiano me disse dentro do avião que ele gostaria também de ser tratado assim, pois, como comerciante, sofria muito preconceito e destrato por seus traços indianos, em diversos países).
Entrei no carro com confusão. O lado reservado para mim era o da esquerda do carro, no banco da frente. Mas eu não dirigiria. Logo entendi: os carros eram como os dos ingleses, onde o lado direito é o do condutor. Também estava invertido o lado da rua por onde se dirige: o lado da esquerda para quem vai, o da direita para quem vem. O tempo todo o motorista buzinava para poder indicar as ultrapassagens. Na margem da rua muitas bicicletas, pedestres e motos (com condutores sem capacetes e mulheres sentadas de lado por conta de seus vestidos). Nas 3 horas até chegar na comunidade eu vi muitas construções, muitas casas e templos lindos e decorados, e no meio deles, muitas casas de sapê ou madeira, semiconstruídos. Lagos, esgotos a céu aberto, pessoas lavando roupas no rio, lixos jogados nos quintais, muitas árvores verdes, flores coloridas, feiras com pessoas vendendo todo o tipo de frutas, verduras e objetos, muitos barracos que funcionavam como bares, cafeterias e minimercados. As pessoas me olhavam com olhar inusitado, acho que evidenciava o estrangeirismo por conta da cor da minha pele. Ali as pessoas não estavam acostumadas a verem estrangeiros. 




Vídeo do caminho entre o aeroporto de Guwahati e o vilarejo Rampur





Chegamos finalmente na sede do grupo Badungduppa Kalakendra, cujo diretor, Sukrachrajya Rabha, é o organizador do festival. No lado direito do campo todo verde que é a entrada do seu teatro, eles fizeram, de sapê e bambu, as acomodações dos hospedes (que me incluía) e também uma cozinha. No meio havia um grande kioski que era o centro de reuniões. Do outro lado do campo, também de sapê, havia um roll com materiais impressos do espetáculo e um templo do mestre de Rabha, sempre com flores frescas, incensos e velas. No fundo haviam casas que são permanentemente habitadas pelos atores e atrizes do grupo, todos muito jovens. Com um grande quarto para os meninos e outro para as meninas, estes atores vivem em condições muito simples e muito conectadas com a natureza, lembrando-me das vilas de alguns indígenas que conheci no Brasil.

Nosso lugar de acomodação, em Rampur


Eu cheguei num horário bem próximo do almoço. Me serviram chá. Já tiveram assistido um espetáculo, pela manhã, e, depois do almoço teríamos outro espetáculo. Finalmente no horário do almoço eu comi a comida tradicional do local, que ser repetiria outros dias: arroz branco, legumes com temperos indianos (curri, gengibre, chile, entre outras coisas que não consegui reconhecer o que são), carne com temperos indianos (alguns dias tive frango, em outros, peixe ou porco), e caldo de lentilha. Sentei na mesa para comer. Havia uma colher de plástico que eu utilizaria nos 2 primeiros dias, antes de adotar o modo como a maioria dali comia: com os dedos da mão direita, ao invés de talheres. “É que se como com talheres, parece que não sinto o gosto da comida, não me sacia”, me explicava Mamob, um professor de escola, que também estuda doutorado em Guwahati e estava trabalhando no festival. Num outro dia eu brinquei com o professor de universidade, que me estava ao meu lado na mesa, comendo com a colher: “Você não é um clássico indiano”, eu disse. Ele me respondeu: “É que só como com os dedos quando a comida é muito saborosa”. Ele era de outro estado, e seu gosto por comida seguia o da sua região, sendo diferente desta parte da Índia. Eu dizia que eu era preguiçosa: “Para comer com as mãos eu tenho que lavá-las antes e depois de comer. Se uso a colher, não preciso”. Assim, percebi que haviam muitas diferenças e muitas semelhanças entre nossas culturas, e aprendi que cada estado da Índia tem sua comida, suas tradições e sua língua particular. 



 Após o almoço fomos para o teatro, assistir o espetáculo da tarde. Para a minha surpresa, haviam muitas pessoas e cada vez chegavam mais. Elas viam a pé, de bicicleta, moto e carro. Acho que foi a primeira vez que vi uma cidade (no caso um vilarejo) parar totalmente para assistir a um espetáculo. As sessões tiveram um público de entre 2 e 3 mil pessoas. Nenhum lugar esteve vazio em nenhum dia, pelo contrário, as pessoas se amontoavam em pé e até subiam em árvores para poder prestigiar os trabalhos. Isso foi realmente muito lindo. 



Os espetáculos 

Agora começo a falar dos espetáculos. Eles aconteciam 2 vezes por dia: as 10h  e as 14:30. Depois, as 17h, tinhamos reuniões com diretores, críticos e artistas, versando, cada dia, sobre os espetáculos apresentados naquele dia. Coloco todos, assim temos uma ideia do que um festival internacional de teatro de Assam (nordeste da Índia), reune (ou ao menos reuniu nesta edição. 


Nukhar Renchakayani Gopchani


Infelizmente perdi este primeiro espetáculo, apresentado no dia 15 pela manhã. Era do grupo local, o Budungduppa Kalakendra. O espetáculo utilizou a adaptação de Mchbeth (Shakespeare) realizado pelo reconhecido dramaturgo indiano H.S. Shivaprakash, e, o grupo utiliza-se de treinamento diário de suas atrizes e atores.  Segundo o diretor, através do espetáculo, tentou-se criar um ponto de vista de entendimento da dicotomia entre natureza e adestramento (nature and nurture). Este é um grupo dedicado ao teatro conectado com a natureza, sendo que seus integrantes vivem na natureza e fazendo seu teatro na natureza e sobre ela.


Black Hen




 Foi o espetáculo apresentado no dia 15 a tarde, pelo grupo da Coreia do Sul, Companhia de Teatro Mindulle. O ator Inhyun Song conta a história de uma galinha preta, que era distinta das outras de sua família, e acaba por escapar. E de uma vaca leiteira que também escapa e consegue poder simplesmente dançar e cantar durante a sua infância.
O que me chamou a atenção, como coloquei na reunião com os diretores (que aconteceu no final de cada dia), foi a forma de utilização de objetos do dia-a-dia dentro deste teatro de animação. A história, para mim, dramaturgicamente, ficou um pouco confusa, mas, segundo o ator, a galinha preta e o a vaca leiteira são histórias clássicas de seu país.


Question Mark


Este espetáculo, do grupo Alternative Living Theater, que é de West Bengal, Índia, começou com o a fala de seu próprio diretor, Prabir Guha, dando instruções ao público: fechamos os olhos e sentimos o aroma forte de diversas ervas e incensos que se aproximavam de nós, também gotas de água caímos em nossos corpos. Quando abrimos os olhos os atores começavam a encenar. De forma enérgica e improvisadamente, eles corriam para um lado e outro, pulavam, se jogavam no chão, se batiam, e todo um ritual acontecia.  
O diretor é um revolucionário, anárquico, que conseguiu colocar no espetáculo, através de representativos objetos e forma de atuação, a sua rebeldia e busca por mudança. Ao saber que eu era brasileira, ele falava com muito entusiasmo de Augusto Boal. De fato, posso dizer que o seu espetáculo tem um pouco de Boal nele.



Nian (The fire)


Do grupo Odiya, proveniente de Natya Chatana, Odissa, Índia, o espetáculo conta a história de uma mulher cujo marido morreu e que, na condição de ser uma mulher e estar sozinha, é abusada sexualmente por um negociante que chega no seu vilarejo.  Depois de perceber a situação, para lutar contra esta injustiça, torna-se uma comandante de tropa. Num combate, ela dá sua vida para salvar a sua trupe.
Além de ter um caráter político bem definido, a história passa-se no meio da floresta. O cenário utiliza-se apenas de bambu e panos coloridos.  A atuação está entre uma forma estilizada dos teatros políticos e de interpretação naturalista, sendo que há uma alternância mais para uma forma que para outra, em determinadas cenas.



Antígone: A espada contra o Poder do Estado


O diretor Manish Mitra criou o espetáculo com seu grupo de jovens atores chamado Kasba Arghya, localizado em Kolkota, Índia, adaptando o original texto de Sófocles. O espetáculo, segundo o diretor, é uma celebração do poder revolucionário da mulher, incluindo na peça traços de sua cultura indiana.
Antes do início da peça é possível ver no palco a velas, sentir os incensos, e ver uma tumba de terra do lado direito do palco. Do outro, um grupo de músicos tocam ao vivo instrumentos clássicos da Índia. Alternando entre cena de monólogos e coros, o espetáculo tem uma linguagem corporal ocidentalizada, mesclada com o os figurinos indianos.

Payanihal (Passageiros)


Este espetáculo, que traz atores em cena e um músico na coxia, é do grupo Janakaraliya: Teatro do Povo, de Sri Lanka. Em cena vemos dois personagens: um cego e outro sem mobilidade nas pernas. Um sobe em cima do outro. O de cima vê, o de baixo caminha, assim os dois corpos tornam-se um para chegar ao destino que sonham encontrar. Mas, no meio há muito conflito entre eles, causado pela desconfiança, inveja, abominação...  O destino então torna-se trágico.


Moja Podroz do Veda Prakritih



Criada por um ator polonês, Wojciech Mareck kozak, e dirigido por um indiano, o diretor Manish Mitra, este espetáculo solo conta a história de um polonês que viajou para a Índia, e encontra-se em conflito com a sua cultura e indiana.


E, claro, também apresentei o meu espetáculo, Estrelas.



Com luzes naturais trazendo o foco em muitas cenas, tive realmente uma profunda experiência em atuar dentro da natureza. Abraçada por uma linda floresta, com toda a energia que só as árvores tem, e, cercada por mais de 2 mil pessoas (o meu maior público dentro de uma só sessão), foi inexplicável a sensação de estar presente, aqui e agora, inteira e tão conectada com o universo: natureza e o ser humano, que é parte da natureza, claro.



Eu apresentei o meu espetáculo parcialmente em inglês, para facilitar o entendimento, e também em português. Tomei a personagem escritora como porta voz da língua estrangeira, porque também tem a função de narrar a história. Fiquei feliz em ver que isso não seria um problema porque eles estavam muito abertos a experiência já que muitos grupos de outras partes da Índia também apresentavam em sua língua nativa, que é diferente da língua deste estado, Assam. Também sei que a linguagem não-verbal, ou melhor, o verbo corporal, comunicou em primeiro lugar. O interessante foi ver a reação deles quando eu mudava de mulher para homem, levantando a saia e fazendo aparecer a calça. Todos riam surpresos, ainda que fosse a terceira, quarta vez que eu fazia a mesma ação. Algo que eu já esperava aconteceu: houve um leve choque (não grande o bastante para que eles deixassem o local, mas o suficiente para se surpreenderem com pudor) quando eu fiquei apenas com a minha blusa que não havia mangas e tem um decote acentuado. Nunca pensei nisso quando criei o espetáculo, mas ele agora estava sendo um choque para esta sociedade. Contudo, o contexto teatral me permitia isso, e o fato de ser estrangeira também me dava esta licença e todos tiveram um momento muito agradável durante a apresentação.





Os encontros


Todos os dias as 17h nos reuníamos para conversarmos sobre os espetáculos do dia. Havia sempre um mediador escolhido, geralmente um diretor de um dos espetáculos que estavam na programação, mas apresentando-se em outro dia, e os diretores, atrizes e atores que se apresentaram naquele dia. Após uma introdução do mediador, que também por vezes realizava perguntas aos artistas, abria-se para outras perguntas que podiam ser realizadas por todos. Estas sessões estavam sempre com um número considerável de participantes, pessoas que queria ouvir, saber do processo de criação, tirar suas dúvidas ou fazer comentários. Entre tantas questões, me chamou a atenção uma: a diferença entre movimento e ação, dança e teatro. Me explicaram ali que, a diferença entre dança e teatro não existia na Índia antigamente, mas que agora há. A definição foi a mesma que eu conhecia no ocidente: a dança é compostas por muitos movimentos, enquanto o teatro deve conter mais ações.  Desde uma produção da Índia muito inspirada no Living Theater, a companhia americana revolucionária em seu tempo, até uma produção de teatro de animação, este festival trouxe muitas perspectivas e formas de se fazer e ver o teatro. Também me fez sentir muito conectada com eles, vendo que suas produções (as contemporâneas, pensando na diferente entre estas e as formas tradicionais de dança e teatro) se assemelham muito as nossas, e suas questões são as mesmas das nossas. 


Das pessoas e o goodbye


Quando penso que, após quase 4 dias de viagem, entre ônibus, voos e carros, cheguei neste lugar e a única coisa que eles me perguntavam era o horário do meu ensaio. Alguns dos críticos estavam ali para a abertura do evento, mas não poderiam ficar até o último dia, justo o dia em que eu me apresentaria. Assim, ao invés de descansar da viagem, fiz um ensaio para eles logo depois que cheguei. No dia seguinte chegariam mais pessoas: “viemos porque conhecemos alguém que assistiu ao seu ensaio e nos disse que devíamos assistir!”, me disseram algumas pessoas, que viajaram de longe para estar ali. Realmente foi incrível ver um festival numa área tão remota cheio de críticos, jornalistas, diretores, professores, estudantes de PHD em teatro, artistas... Eles fizeram este festival sem anúncio na internet. Como divulgaram? Perguntei. A resposta foi: apenas com um banner na rua, nada mais. E mais de 2 mil pessoas estavam presentes em cada sessão. Muita gente veio de longe e isso realmente me faz entender que o festival conseguiu o que queria: estar no meio da natureza o fez muito especial, o que indica a importância dela.
Pela cor da minha pele, meus traços, muita gente queria tirar fotos comigo. Paravam o carro, a bicicleta, “Mam, Please....”, eu já sabia que era para tirar fotos. No dia da minha apresentação me senti uma celebridade: uma hora de fotos com todas as pessoas. Todos queriam registrar aquele encontro comigo, uma artista estrangeira.


Na foto o fotógrafo oficial do evento, um jornalista e um famoso dramaturgo indiano, também professor da universidade de Delhi, chamado H. Shiva Prakash. 







As primeiras pessoas que me pediram para tirar foto com elas.



Cada dia do evento haviam mais e mais pessoas da platéia, sendo que desde o primeiro as arquibancadas ficaram super lotadas. O organizador do evento, Sr. Rahba, me disse que talvez não fará o festival no próximo ano, porque senão terá um número muito grande de público, e terá problemas. Conto isso porque realmente é a máxima do problema oposto ao nosso no teatro brasileiro (e talvez em muitos outros países): falta de público. Realmente espero que haja outra edição no próximo ano, mas o grande número de público que viaja para estar neste vilarejo, além das pessoas locais, realmente é um problema: no último dia o espaço já não comportava todos, e teve certa confusão em uma parte do último espetáculo, levando-o a ser interrompido e retomado. Então, o problema é, como ter menos público, ou, como ter mais de um espetáculo ao mesmo tempo, não sei... Este outro lado do mundo me traz problemas opostos!!!
De fato o que levei desta experiência é que os indianos amam a arte, amam teatro e os artistas da cena. O valor empregado a esta atividade é realmente muito grande na cultura deste país. Contudo, conversando com os diretores, atrizes e atores, percebi que somos muito semelhantes quando se trata de financiamento público ou privado e que a luta para se manter atuante é a mesma seja no Brasil seja na Índia.