domingo, 8 de maio de 2016
Entrevista Marilyn Nunes
http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/sptv-1edicao/videos/t/edicoes/v/atriz-prudentina-conta-sobre-sua-profissao-no-entre-nos/4943208/
Demonstração técnica O Oposto, com Marilyn Nunes dir Julia Varley
O Oposto
Para cultivar a atenção do público é preciso refutar a obviedade, o que é fácil, direto e que poupa energia. É preciso encontrar o difícil, o complexo, o oposto. O oposto é o dentro e o fora, é a intenção e a ação, é o espírito e o corpo. Inspirada no trabalho sobre a oposição de Delsarte, no otkas de Meyerhold, na resistência e contraposição de Decroux, na capoeira angola e no samba, da cultura brasileira, e, sobretudo, no processo prático realizado diretamente com as atriz e atores do Odin Teatret, esta demonstração sobre o oposto é apresentada, não como um método, antes como uma possibilidade de ponto de partida àquelas(es) que buscam o desenvolvimento da sua presença e criação cênica.
Direção: Julia Varley
Sonoplastia, Figurinos e Adereços: Marilyn Nunes e Julia Varley
Elenco: Marilyn Nunes
No Teatro de Arena Eugenio Kusnet
Dias 25/05 e 01/06 às 20 hr
Duração: 60 min
Ingressos:R$30 e R$15 (meia).
sábado, 7 de maio de 2016
Oposto Teatro Laboratório
Oposto
Teatro Laboratório é um
coletivo voltado para a pesquisa e desenvolvimento técnico e artístico da atriz
e do ator.
Surgido no ano de 2008 sob no nome de Cia Marilyn Nunes, em 2016
torna-se Oposto Teatro Laboratório afim de formalizar a participação de outros
artistas dentro dele, processo já iniciado nos anos anteriores.
Inspirado no trabalho do Odin Teatret, cujo alguns dos integrantes
fazem parte deste processo de pesquisa prática, ele concentra-se no
desenvolvimento dos elementos da dramaturgia atoral, através do treinamento, e,
sua aplicação em contexto cênico: criação de espetáculos.
Com suas produções atuais ele integra-se ao Nordisk Teaterlaboratorium, um
laboratório teatral que abarca também o Odin Teatret, localizado na Dinamarca,
lugar em que o Oposto Teatro Laboratório realiza residências anuais.
A sua pesquisa concentra-se na:
1) presença cênica
2) dramaturgia cênica
3) criação de materiais e dramaturgia atoral
Estrelas no Teatro de Arena
Cena Aberta FUNARTE 2016 – São Paulo
Apresentação do espetáculo
Estrelas
Sobre o Espetáculo:
Concepção:
Este
espetáculo é um solo resultante do processo de pesquisa prática de treinamento e dramaturgia atoral, com base
na Antropologia Teatral, que se desenvolveu ao longo de 5 anos numa parceria entre
o grupo Odin Teatret, da Dinamarca e a atriz Marilyn Nunes, criadora
deste espetáculo. A criação atoral, a presença cênica e a dramaturgia que
provêm dos materiais atorais, utilizando sua potência psicofísica, marca esta
pesquisa. O maior período de intercâmbio entre a artista brasileira e o grupo
dinamarquês deu-se no ano de 2012 e início de 2013, ano em que Julia Varley, integrante
do grupo Odin Teatret, assumiu a direção do espetáculo, que estreou no dia 11
de janeiro de 2013, na sede do grupo, em Holstebro, Dinamarca. Após a estreia, a atriz Marilyn Nunes
retornou ao Brasil, iniciando uma série de apresentações do espetáculo,
iniciando-as pela sua cidade, Presidente Prudente, no interior do estado de São
Paulo, chegando até a capital, depois apresentando-o em outros estados do
Brasil (Paraná, Mato Grosso e Goiás) e em outros países (Dinamarca e México).
Dramaturgia
textual:
O espetáculo é inspirado na obra “A Hora da Estrela”, de Clarice
Lispector. Na sinopse temos: “Detrás do som de máquina de escrever surge uma
escritora com um pandeiro. À beira da
morte, ela trabalha em sua última novela, compondo os personagens enquanto os
apresenta ao público: Macabéa, uma moça do subúrbio que conhece seu primeiro
namorado Olímpico, Glória, a colega de trabalho que rouba seu namorado e Madame
Carlota, uma cartomante com quem se consulta. Através de seus personagens a
escritora traça uma retrospectiva de sua vida: o primeiro amor, a primeira
decepção, a busca por quem se é, a consciência de uma vida miserável e sem
sentidom, a crença num futuro feliz e o confronto final com o inevitável. Com a morte da protagonista, a escritora
encerra a sua novela e a sua jornada de vida”. Utilizando músicas brasileiras,
pandeiro, um cenário simples, a atriz se desdobra entre os vários personagens.
No histórico
do espetáculo encontram-se apresentações realizadas em: SESC Thermas de
Presidente Prudente (maio de 2013),
Mostra de Teatro de Presidente Prudente (junho de 2013), FENTEPP
(Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente – setembro de 2013), SESC
Consolação, São Paulo (temporada de março a abril de 2014 no espaço Beta), Casa
Laboratório para as artes do Teatro (temporada no mês de maio de 2014), em
Cuernavaca, México (junho de 2014), SESC Ribeirão Preto (agosto de 2014), Festival de Dança de Londrina, Paraná (outubro de 2014), Festival Extirpe, em
Suzano, São Paulo (novembro de 2014), Festival Encontros Possíveis, em Cuiabá,
Mato Grosso (em dezembro de 2014), temporada na sede Odin Teatret, (Holstebro,
Dinamarca - dezembro de 2014 e janeiro de 2015), Encontro Ator Criador, em
Goiânia, Goiás (fevereiro de 2015), no CEU Inácio Monteiro, em São Paulo (março
de 2015) e no Teatro SESC Piracicaba (junho de 2015), Festival de Matão, São
Paulo (setembro de 2015).
Prêmios:
Foi recebida a premiação de "Reconhecimento" do governo de
Morelos, México, pela contribuição para a cultura realizada através da
apresentação do espetáculo. Também houve a premiação para turnê na Dinamarca
pela FUNARTE, através do edital de Intercâmbio Cultural. A atriz Marilyn Nunes
também recebeu o prêmio Myriam Muniz 2015 para realizar seu próximo espetáculo,
continuando a pesquisa e criação deste primeiro espetáculo solo.
“Seu espetáculo é de uma beleza, leveza e qualidade
raras”, por Cacá Carvalho (ator e
fundador da Casa Laboratório para as Artes do Teatro).
“O encantamento do espetáculo solo Estrelas nasce da
simplicidade (...) A magia é gerada sobretudo pelo trabalho de atuação e
manipulação de objetos, que se desdobram em funções e significados”, por Gabriela Mellão, crítica do Folha –
Ilustrada.
“Estrelas,
trabalho solo da atriz Marilyn Nunes, nos leva a investigar a questão do
ator-criador por outras perspectivas. Neste caso, a herança de toda uma
tradição na busca de um repertório do ator, sintetizada principalmente nas
pesquisas de Eugenio Barba, aparece como elemento central. Fruto de uma
residência da atriz com Julia Varley, do Odin Teatret, o trabalho traz para
cena todo o vocabulário de procedimentos do grupo dinamarquês, como as
partituras corporais e vocais e a construção de imagens”, por Soraya Belusi, crítica no XX FENTEPP
(2013).
O artigo “Com Estrelas,
dinamarqueses levam Clarice Lispector ao palco”, de Gabriela Mellão (Folha
Ilustrada e O Popular, em 19/03/2014) pode ajudar a entender o que é o
espetáculo:
“O encantamento do
espetáculo solo Estrelas, que estreia na sexta em São Paulo, nasce
da simplicidade. A montagem é dirigida por Julia Varley – integrante da
companhia dinamarquesa Odin Teatret – e aposta no trabalho do ator e na
imaginação do espectador para levar ao palco Clarice Lispector (1920-77) e os
personagens do romance A Hora da Estrela.
A magia é gerada sobretudo
pelo trabalho de atuação e de manipulação de objetos, que se desdobram em
funções e significados. Um tambor, por exemplo, acaba parecido com uma máquina
de escrever.
A atriz Marilyn Nunes surge no palco com o
instrumento no colo, dando vida a uma artista que cria e conta sua história ao
mesmo tempo. Ela manipula o instrumento de um modo em que consegue criar sons
que costumam ser produzidos por escritores em seu ato criativo, e não por
músicos. Dois cubos alinhados em diferentes posições podem construir um quarto,
uma vitrine, uma escrivaninha e uma tumba. Um pano vermelho vira cobertor,
saia, anel e guarda-chuva.
Todos os objetos de
cenário e figurinos são muito simples e servem para criar imagens em cena.
Trata-se de um espetáculo baseado na capacidade de uma atriz fazer o espectador
enxergar alguma coisa que não está ali”, explica Varley, atriz e diretora
inglesa que ingressou em 1976 na companhia dinamarquesa fundada pelo italiano
Eugenio Barba. “A montagem final é elaborada na cabeça do espectador. Aprendi
isto nos 40 anos de trabalho no Odin Teatret”, completa a atriz.
Nunes encontrou em A Hora da
Estrela um eco de sua
própria história. E, da mesma maneira que a escritora se projetava em suas
criações, a atriz fez de Estrelas uma obra que mistura material
ficcional e real de sua trajetória. “Passei tanta dificuldade quanto Macabéa”,
confessa, referindo-se à personagem principal do livro de Clarice Lispector. “A
peça revela a abordagem filosófica que Clarice Lispector dá a sua história.
Fala sobre vida, amor, esperança, decepção, dor e felicidade, ciente de que ela
mesma estava prestes a terminar a sua jornada”, resume Nunes”.
Duração: 57 minutos.
Valor do
ingresso: R$30 (inteira) R$15 (meia).
De quinta à sábado, às 20h e domingo às 19h.
De quinta à sábado, às 20h e domingo às 19h.
Mulheres no Teatro
Workshops de Teatro de Arena - Flávia Coelho e Marilyn Nunes
Serão oferecidos 2 workshops durante a nossa ocupação do Cena Aberta- FUNARTE no Teatro de Arena Eugenio Kusnet. Um por Flávia Coelho e outra por Marilyn Nunes.
Sobre Flávia Coelho:
É atriz e arte-educadora, licenciada em Arte-Teatro no Instituto de
Artes da UNESP e intérprete pelo Teatro Escola Macunaíma. Integra o Laboratório
de Processos de Criação Atorais (LAPCA) da Unesp, sob coordenação da Profª Drª
Lucia Romano, desde 2013, como participante e organizadora das atividades. Foi
artista residente no Odin Teatret, trabalhando com Julia Varley e Marilyn
Nunes, em 2015 e 2014. Em 2014, pelo Programa de Intercâmbio e Difusão
Cultural, do Ministério da Cultura. Integrou
o Grupo de Pesquisa Dança: Estética e Educação (GPDEE) de 2008 a 2010,
onde desenvolveu pesquisas de iniciação científica com bolsa PIBIC/CNPq. Como
encenadora colaborou na montagem de Horário Comercial, com Fernanda Moreno e Natasha Curuci, que
estreou na Mostra Experimentos do TUSP, em 2012. E em O abajur, com Alessandro Hernandez e Beatriz Nascimento, peça
baseada no texto Abajur Lilás, de
Plínio Marcos, em 2010. Em sua experiência como intérprete, destaca-se a
atuação na peça teatral Tempo (2007),
com direção de Renata Kamla e dramaturgia coletiva.
Sobre Marilyn Nunes:
Marilyn Nunes é atriz colaboradora do Nordisk
Teaterlaboratorium desde 2012, ano sua residência com o Odin Teatret, em
Holstebro, Dinamarca, no qual trabalhou no espetáculo solo Estrelas, com direção de Julia
Varley. É também mestranda em Artes pelo IA-UNESP, onde realiza
pesquisas sobre treinamento atoral. Desde 2009 recebe treinamentos dos
atores e atrizes do grupo, bem como de seu diretor, Eugenio Barba. A
partir de 2013, no Brasil, colabora com o Odin Teatret como tradutora,
produtora e técnica, dando workshops e apresentando o espetáculo Estrelas junto ao grupo dinamarquês. Foi
professora de teatro nas Oficinas Culturais do Estado de São Paulo entre 2002 e
2007 e trabalhou como professora de teatro em escolas públicas de 2005 à 2007.
Empenhou-se em trabalhos artísticos como diretora e atriz, vivenciando os mais
diversos estilos teatrais, apresentando-se em diversos festivais, recebendo
prêmios governamentais e reconhecimentos internacionais pela sua atuação, tais
como o Prêmio Myriam Muniz, Intercâmbio Cultural e Reconhecimento do governo de
Morelos, México. Atualmente trabalha no livro inédito de Julia Varley
chamado “Uma atriz e suas personagens” (editora É realizações) e está
trabalhando como atriz em um segundo espetáculo solo, dirigido também por
Varley, que conta com ensaios na Dinamarca e no Brasil.
Aproveitamos para postar fotos do último workshop conduzido por Marilyn Nunes, em Pres. Prudente- SP, no Centro Cultural Matarazzo:
Programação da ocupação do Teatro de Arena Eugenio Kusnet - Cena Aberta - FUNARTE
Este é um
projeto de ocupação do Teatro de Arena Eugênio Kusnet organizado pelo Oposto
Laboratório de Teatro com duração de duas semanas (de 25 de maio a 5 de junho) nas quais serão realizadas apresentações
artísticas e atividades formativas. O espetáculo Estrelas será apresentado de
quinta a domingo, enquanto na quarta teremos a demonstração técnica O oposto.
Já as tardes de finais de semana serão destinadas ao projeto “Mulheres no Teatro”, que conta com performances, apresentações e palestras, entre elas O
Tapete Manifesto, dirigido por Thais Medeiros, O que te prende Mulher?, do Coletivo Rubro Obscenas. Durante o dia serão
ofertados 2 workshops de treinamento, conduzidos por Marilyn Nunes e Flávia
Coelho.
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